Há uma grande expectativa pela descoberta de novas formas de vida no Lago Vostok, sobretudo bactérias, que não existam em nenhum outro lugar da Terra. [Imagem: Ria Novosti]
Lago Vostok
Aquela que era considerada a última fronteira intocada da Terra acaba de ser tocada.
Cientistas russos anunciaram ter alcançado a superfície do Lago Vostok, guardado há milhões de anos nas profundezas da Antártica, coberto por uma camada de quase 4 quilômetros de gelo.
Valery Lukin e seus colegas do instituto russo AARI (Arctic and Antarctic Research Institute) alcançaram a superfície do Lago Vostok a exatos 3.769,3 metros de profundidade.
Isto está no limite do que vinha sendo indicado por imagens de radar - os cientistas apostavam que a fronteira gelo-água estaria localizada entre 3.730 e 3.770 metros.
Uma primeira decepção ocorreu logo antes, a 3.766 metros de profundidade, quando a sonda encontrou água - mas era apenas uma "lente" de água, e não o lago propriamente dito.
Risco de contaminação
Assim que o lago foi atingido, a água subiu sob pressão por cerca de 40 metros ao longo do furo de sondam, antes de congelar, selando a abertura.
Isto é uma boa notícia em relação às preocupações com a segurança do experimento, mais exatamente com o risco de contaminação do Lago Vostok.
A proposta da equipe russa foi a única aceita, depois de ser avaliada por cientistas de todo o mundo durante mais de 10 anos, onde o principal critério era a segurança na preservação da pureza do Lago Vostok.
Novas formas de vida
O lago foi alcançado nos últimos momentos da campanha deste ano, que agora foi interrompida por causa do mau tempo.
Os cientistas voltarão à Antártica por volta do mês de Setembro, quando as condições do tempo amainarem.
Só então eles ligarão as máquinas novamente para refazer o furo e coletar as tão esperadas amostras de uma era da Terra literalmente congelada no tempo.
Há uma grande expectativa pela descoberta de novas formas de vida, sobretudo bactérias, que não existam em nenhum outro lugar da Terra.
Vários microrganismos já foram encontrados ao longo da perfuração, em várias profundidades.
Fonte: IT
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