Conforme publicado pelo jornal britânico Daily Mail, uma família originada nos Montes Apalaches, uma região remota de Kentucky, nos EUA, tem gerado crianças azuis há mais de duzentos anos.
A fotografia de uma das primeiras gerações da linhagem pode até parecer uma montagem feita no Photoshop ou uma brincadeira na qual as pessoas desejam se parecer com os carismáticos personagens da série de desenhos animados e longa-metragem “Os Smurfs”. Contudo, ela é real e a ciência explica o que aconteceu para que os integrantes dessa família nascessem com a pele azulada.
A causa
Tudo começou perto do ano 1800, quando o francês Martin Fugate casou-se com Elizabeth Smith, uma jovem norte-americana. O casal teve sete filhos, entre os quais quatro nasceram azuis. Como a família morava em um local afastado, membros da mesma linhagem acabaram se relacionando e casando.
A união dos genes recessivos de alguns desses integrantes ocasionaram uma desordem genética denominada metahemoglobinemia (também conhecida como meta-Hb). Essa disfunção faz com que um tipo de hemoglobina, que não consegue transportar oxigênio pelo sangue, tenha sua concentração elevada, fazendo com que o líquido que percorre veias e artérias fique mais escuro.
Os portadores da disfunção receberam os genes recessivos dos pais, como exemplifica o esquema genérico acima. (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Tal tonalidade do sangue é a responsável por causar a impressão de que a pele dos portadores dessa desordem genética pareça azul. Com o crescimento e o afastamento da família Fugate, novos genes foram acrescentados à linhagem, reduzindo a incidência da disfunção.
Hoje em dia, a quantidade de pessoas que apresentam metahemoglobinemia é baixíssima. Segundo a publicação, embora causem estranheza, as pessoas azuladas não possuem outras doenças ocasionadas pela disfunção
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