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Novo tipo de maconha desenvolvida por cientistas não provoca efeitos psíquicos



A nova versão da planta foi produzida por cientistas israelenses, retirando o seu principal ativo.
Uma das drogas mais usadas no mundo ganhou uma versão diferenciada. A maconha cujo nome científico é Cannabis sativa, foi modificada para possuir mesmo gosto e cheiro da versão comum, mas existe uma diferença crucial: ela não contém o princípio ativo que provoca efeitos psíquicos nos usuários, o THC, tetrahidrocanabinol.
Comparado com a planta habitual, a nova versão não possui efeitos colaterais. Os pesquisadores afirmam que as características encontradas na maconha desenvolvida são muito semelhantes a convencional, mas não induz os usuários a nenhum efeito causado pelo THC.
A empresa que criou a maconha modificada, Tikun Olam, fez questão de retirar os efeitos da substância, aumentando o efeito de outro princípio ativo chamado de canabidiol, que tem sido associado em estudos médicos como diminuidora dos efeitos de algumas doenças mentais.
Tzahi Klein, chefe de desenvolvimento da Tikun Olam, disse ao jornal israelense Maariv que a versão modificada é praticamente idêntica a original.
Ele disse: “Ela tem o mesmo cheiro, forma e sabor, como a planta original. É tudo a mesma coisa, mas a sensação de entorpecimento que os usuários estão acostumados não existe mais”.
A nova versão da planta pode provocar mudanças nas leis britânicas. Na Inglaterra a droga é classificada como B, o que significa que é ilegal ser apanhado em posse de qualquer quantidade. Apesar das proibições rígidas, a maconha é a droga mais utilizada na Grã-Bretanha.
Pesquisas mostram que, mesmo com o grande consumo, o interesse dos jovens britânicos pela droga está diminuindo anualmente, embora um estudo em 2011 tenha mostrado que 1 em cada 6 jovens do país já experimentaram a droga.
Muitos pacientes que sofrem com diversas doenças dizem que se sentem melhores com efeitos colaterais positivos após fumarem a planta, melhorando suas capacidades de suportarem a dor.
Outras pesquisas mostram que, apesar da aparência de “melhora”, os benefícios parecem ser completamente passageiros, não apresentando efeitos em longo prazo.
Apesar de sinais promissores, os pesquisadores descobriram que os pacientes que tomaram pílulas com THC (tetrahidrocanabinol), um ingrediente chave da maconha, não se saíram melhor na recuperação e alívio da dor provocado por doenças, comparado com pacientes que tomaram placebo.
O estudo da Universdade de Plymouth foi um duro golpe para pacientes que tinham esperança que um fármaco produzido com os princípios ativos da maconha fosse trazer benefícios de longo prazo em pacientes com esclerose múltipla, uma doença neurológica debilitante.
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