Além da matéria ser escura a notícia de sua observação foi ofuscada pela descoberta do bóson de Higgs.
Em 1933, Fritz Zwicky descobriu que a quantidade de matéria vista pelos nossos telescópios não batia com o comportamento do Universo. Com isso, ele concluiu que existia algo a mais que não conseguíamos ver, e que era responsável por mais de 80% de toda a matéria existente.
Os cientistas crêem que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas. Portanto, ela explica o campo gravitacional que une os corpos celestes.
Quase 80 anos depois, finalmente um grupo de astrônomos conseguem observar a matéria escura pela primeira vez.
A pesquisa, liderada por Jorg Dietrich, do Observatório da Universidade de Munique, na Alemanha, observou intersecções em filamentos de estruturas em aglomerados de galáxias. Elas eram consideradas invisíveis até agora porque não são densas.
Esse filamento observado tem uma gigantesca ramificação de matéria escura e é perpendicular à Terra, ou seja, está na nossa linha de visão. Essas características a tornam mais densa. Por isso, os astrônomos conseguiram enxergar o fenômeno. A matéria escura conecta Abell 222 e Abell 223, duas galáxias que estão a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus.
Os pesquisadores usaram dados da nave XMM-Newton, telescópio de raio X da Agência Espacial Europeia (ESA). As informações foram processadas por uma técnica de análise computadorizada, que revelou o formato do filamento e a matéria escura.
Os resultados foram publicados na revista Nature.
Fonte: Info
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