Misturar remédios pode causar ereção de seis horas

Saiba quais combinações de medicamentos você deve evitar pois podem causar efeitos colaterais inesperados e perigosos.
Levantamento divulgado recentemente revelou que a maioria de intoxicações medicamentosas ocorrem com o uso de remédios que a população considera inofensiva como analgésicos, anti-inflamatórios e antigripais. O mesmo deve ocorrer no Brasil já que dados Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológica (Sinitox), ligado ao Instituto Fiocruz, mostram que os medicamentos são os principais responsáveis por intoxicação humana, mais do que venenos, drogas e agrotóxicos.

Esse problema decorre muitas vezes da automedicação. A pessoa com sintomas de algum problema de saúde recebe uma dica de um amigo, com a melhor das intenções, que tinha sintomas semelhantes e usa o medicamento prescrito para esse amigo sem consultar um especialista.
Essas intoxicações podem ser bem sérias, especialmente se o paciente fizer uso de combinações de drogas. Nesse caso, uma substância pode afetar o efeito da outra de diversas maneiras.

A prevenção a esse tipo de risco é simples. Basta sempre consultar um médico antes de tomar qualquer medicamento e nunca esquecer de informar qualquer substância que faça uso durante uma consulta. Por mais inofensivo que algum medicamento possa parecer. Especialmente se você segue uma terapia com um médico e consulta um segundo devido a outro problema.
A seguir, um rol de algumas combinações perigosas (consulte sempre um médico antes de se medicar ou deixar de se medicar):

Antiácidos + antibióticos	O antiácido pode interferir na absorção do antibiótico, diminuindo sua eficiência.
Anticoagulante + anti-inflamatório	Aumentam os riscos de hemorragia.
Anticoagulantes + antifúngicos	Há alteração no metabolismo dos medicamentos e pode causar arritmias cardíacas.
Anticoncepcional + antibiótico	Alguns tipos de antibióticos podem causar alterações pontuais no metabolismo do anticoncepcional.
Anticoncepcional + antidepressivo fitoterápico (hipérico ou erva de São Jorge)	A mistura diminui em até 60% o efeito contraceptivo da pílula.
Anticoncepcional + anti-inflamatórios	Em algumas situações pode causar sangramentos.
Anticoncepcional + hormônios femininos, como estrógeno	Dependendo do tipo de pílula pode haver excesso de estrógeno, aumentando o risco de coagulação sanguínea.
Antidepressivos + antigripal (anfetamina)	Essa combinação pode gerar grande aumento da pressão, levando até a delírios.
Anti-hipertensivo + calmantes	Causa sonolência e queda de pressão.
Anti-hipertensivo + diurético	A combinação pode levar a perda de sais minerais, causando desidratação e problemas renais.
Anti-inflamatórios + ácido acetilsalicílico (aspirina)	A mistura pode causar uma irritação na mucosa gástrica devido a um efeito somatório, aumentando o risco de desenvolvimento de gastrite e úlceras.
Anti-inflamatórios + corticoides	Aumenta a retenção de líquidos e sal, causando inchaço, e pode levar ao aumento de pressão. Também pode irritar o estômago, gerando, em alguns casos, sangramentos e formação de úlceras.
Anti-inflamatórios + paracetamol	Os dois remédios juntos podem gerar problemas renais, levando a quadros hepáticos.
Colírios + descongestionantes nasais	Em alguns casos pode gerar aumento de pressão, especialmente em idosos e crianças.
Inibidores de apetite + ansiolíticos	A combinação traz possibilidade de o paciente sentir irritabilidade, confusão mental, alterações de batimentos cardíacos e tontura.
Remédios para disfunção erétil + antidepressivos	Aumenta os riscos de priapismo, quando o pênis fica ereto por mais de seis horas, causando problemas para o órgão.
Remédios para emagrecer + antidepressivo	Pode causar taquicardia e aumento da pressão arterial.

Fonte: IstoÉ