O Jardim do Éden, Jardim das Delícias ou Paraíso Terrestre é na tradição das religiões abraâmicas o local da primitiva habitação do homem.
Na tradição bíblica, o Jardim do Éden, do hebraico Gan Eden, é o local onde ocorreram os eventos narrados no Livro do Génesis (Gen., 2 e 3), onde é narrada a forma como Deus cria Adão e Eva, planta um jardim no Éden (a oriente), e indica ao homem que havia criado, para o cultivar e guardar.
A origem do termo "Éden" em hebraico parece derivar da palavra acade edinu, que deriva do sumério E.DIN. Em todas estas línguas a palavra significa planície ou estepe. A Septuaginta traduz do hebraico (gan) “jardim” para palavra grego (pa·rá·dei·sos) paraíso. Devido a isso, temos a associação da palavra portuguesa paraíso com o jardim do Éden.
A fim de localizar Eden é preciso entender as palavras antigas a ser utilizado. A "fonte" ou "cabeça" do rio é o que nós chamaríamos de "boca" do rio. Portanto, todos os quatro rios que deságuam no golfo Pérsico. Os rios Tigre e Eufrates são fáceis de localizar.Speiser identifica as possibilidades de os outros dois como a = Giom Diyala, Kirkha, ou Kerkha e = Psihon Kerkha, Karun, ou Wadi er-Rumma respectivamente.
Se Giom é identificado com Kerkha, em seguida, os rios do Éden estão listados em uma direção de leste a oeste, e o Pisom seria o rio Karun na Elam. Se Eridu pode ser equiparado a Eden, em seguida, o Jardim seria apenas leste de Eridu onde um canal ramo produzido colheitas abundantes (Fischer 1996, 222).Note-se que naquela época o golfo Pérsico teria sido estendido por todo o caminho de volta para Eridu e Ur.
Há uma outra nova identificação do Pisom rio com o Batin Wadi que foi visto a partir de fotos de satélite. Wadi Batin é um rio de secas, mas ao mesmo tempo que teria ligado a rios Tigre e Eufrates. Tem ver o Jardim do Éden foi localizado no último? para fotos e detalhes. Esta é uma possibilidade muito boa. O Giom seria então identificado com o rio Karun na Elam.Alguns pensam que a palavra hebraica "Eden" é a partir da palavra suméria "Edin", que significa "simples" e seu equivalente acadiano é edinu (Fischer 1996, 223) que se refere à terra entre os rios Trigris e Eufrates.
Outros estudiosos igualar o jardim do Éden com a descrição similar de Dilmun antiga. Veja Túmulos de Dilmun. Dilmun foi provavelmente o Bahrain ilha no golfo Pérsico. Há uma história suméria direito Enki e Ninhursag, que descreve um paraíso semelhante ao Éden só é chamado Dilmun. Diz:A terra Dilmun é puro, o Dilmun terra é limpa; O Dilmun terra é mais brilhante. Em Dilmun o corvo não profere gritos, profere ittidu O pássaro-no chorar do ittidu-pássaro, o leão não mata, O lobo não arrebata o cordeiro, o doente de olhos não diz "Eu sou doente de olhos," Os doentes de cabeças não (diz) "Eu sou doente de cabeça", a velha não (diz) "Eu sou uma velha", o velho não (diz) "Eu sou um homem velho," Ele encheu os diques com água , Ele encheu a valas com água, Ele encheu os lugares baldios com água. O jardineiro na poeira na sua alegria (ANET 1969, 38-9).
A geografia em torno Eden parece ser o mesmo antes do dilúvio, bem como depois do dilúvio. Mesmos rios e montanhas são mencionados. Isto parece indicar que o dilúvio de Noé foi local. Há um excelente artigo sobre isso, John Munday Jr, intitulada Geografia do Éden desgasta Geologia Flood (Westminster Theological Journal 58:1. 123-44, 1996).
tradução: Pr Jose Silva IADRN
fonte: Institute for Biblical & Scientific Studies
“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado” Gênesis 2:8
A mesopotâmia é conhecida como sendo o berço da civilização, pois é nessa região que a humanidade começou. Ali Adão e Eva foram formados.
O relato bíblico do livro de Gênesis nos fornece uma série de descrições geográficas, ricas em detalhes, servindo como uma preciosa fonte de pesquisas e informações que podem ajudar o estudante a localizar lugares e comprovar histórias.
Eu acredito que esse fato ocorre devido à intenção que o escritor e o autor (Moisés e Deus) têm de mostrar a veracidade e realidade dos fatos e eventos descritos no livro.
É importante notar que em toda a Bíblia, de Gênesis até o Apocalipse, sempre ocorreu uma preocupação de se detalhar os fatos, para que o leitor pudesse acreditar na sua veracidade.
No caso do Éden, muitas informações geográficas são dadas, e serão comentadas a seguir.
Mesopotâmia é uma palavra de origem grega e significa: “entre rios”. Esse nome foi dado devido à região estar localizada entre dois dos principais rios da região, o Tigre e o Eufrates. É um oásis em meio a uma região desértica.
O texto bíblico de Gênesis 2 nos dá informações importantes como:
1. Do Éden nascia um rio que se dividia em quatro braços: Pisom, Giom, Tigre e o Eufrates;
2. A etimologia (origem) das palavras usadas;
3. Terras e lugares citados no texto;
É importante observar que o texto de Gênesis, escrito por Moisés, foi desenvolvido apenas após o Dilúvio. Isto nos faz relembrar que antes da Torre de Babel, e conseqüentemente antes do Dilúvio todo o globo falava o mesmo idioma, todavia, as expressões citadas no livro de Gênesis, com relação ao Éden, têm sua origem em outros idiomas, que não o hebraico. Isso é de uma importância fundamental, como iremos ver.
Alguns nomes são citados no texto (Gn 2:8-14):
• Éden Nome que possui duas origens: a forma Suméria de Éden que quer dizer: "estepe", ou "campo aberto", ou o Semítico, denotando: "luxo" ou "delícia";
• Jardim Localizado ao Leste do Éden. Observe que o jardim era apenas uma parte territorial dentro da região denominada Éden;
• Um Rio Não denominado, vindo de fora do jardim e regando-o, dividindo-se em quatro braços;
• Pisom Primeira divisão do rio principal que vem até a terra de Havilá;
• Havilá Terra ou distrito;
• Giom Segunda divisão do rio principal que vem até a terra de Cuxe;
• Cuxe Etiópia (Cuxe em hebraico). Uma terra ou distrito;
• Tigre Terceira divisão do rio principal que vem até a terra da Assíria;
• Assíria (Asshur em hebraico);
• Eufrates Quarta divisão do rio principal;
Os lugares citados no texto recebiam outros nomes, no período pré-diluviano, mas esses nomes não são utilizados por Moisés. Os nomes utilizados pelo escritor eram os nomes modernos – da época. Eram os nomes do período pós-diluviano. Então, uma pergunta nos vem à mente: Por que isso ocorreu?
A resposta é simples: porque o autor queria que os leitores conseguissem identificar o local para ter a certeza da veracidade do texto.
Vejamos alguns exemplos:
"Assíria" (hebraico, Asshur) é um nome que os hebreus deram e que se origina de Asshur um filho de Sem, nascido depois do Dilúvio (Gn10:22). Então, no conceito hebraico o nome não existia antes do Dilúvio.
"Havilá" é um nome pós-diluviano (Gn 10:29).
"Etiópia" (Cush, ou Cuxe – Gn l0:6). Nome dado após o dilúvio, originário do neto de Noé, Cuxe, e filho de Cam.
Isso é uma evidência forte de que o escritor estava usando nomes conhecidos na época. Esse é um fato de importância fundamental, pois mostra conclusivamente que ao usar nomes conhecidos o escritor tinha a intenção que os leitores da época conseguissem entender com clareza a mensagem e reconhecer geograficamente a localização do Éden.
Daí a evidência conclusiva de que o lugar (Éden) era real. Se o escritor não tivesse a intenção de que o Éden fosse localizado, identificado, não teria dado tantas informações geográficas a respeito nem tão pouco teria usado os nomes conhecidos no período.
Precisamos entender, ainda, que o jardim do Éden foi destruído com o Dilúvio, mas o local denominado biblicamente de Éden continuava lá, não o jardim, mas o local.
Observe o fato de que o profeta Ezequiel usou o nome Éden para se referir a uma localidade existente em seus dias, em Ezequiel 27:23. Segundo esse texto o profeta Ezequiel localiza o Éden na região conhecida como Babilônia.
Na Bíblia, o jardim do Éden não é só o nome do lugar onde Adão e Eva viveram, mas também uma representação metafórica do Jardim de Deus, isto é, o lugar onde Yahweh mora: Is 51:3; Ez 28:12-15, 31:8-18.
A localização exata do Jardim do Éden permanece um mistério, todavia, o texto de Gênesis 2:8 afirma que Deus plantou o "jardim no Éden, da bando do Oriente", isto é, no Leste.
Essa afirmação aponta para um lugar ao leste de Canaã, que também possuía quatro rios: o Pisom, o Giom, o Tigre e o Eufrates (vv. 10-14).
O Tigre e o Eufrates como sabemos hoje em dia, sem sombra de dúvida, os dois rios da Mesopotâmia que possuem o seu curso inalterado ainda hoje. O Giom (possivelmente o hebraico para "esguichar") e Pisom (normalmente entendido como sendo uma forma do verbo semítico "pular para cima") são mais difíceis de se identificar.
Muitos estudantes acreditam que o Giom é o rio Nilo, e que Cuxe é associado com Nubia, ao sul de Egito. Se esta associação estivesse correta, todo o restante da descrição do local do Éden não poderia fazer o menor sentido, porque nenhuma parte dessa região converge com o Tigre e o Eufrates.
Outros identificam Cuxe como a terra dos Cassitas, ao leste do Tigre, também conhecido como Cuxe durante os tempos antigos. Esta teoria faz um sentido geográfico melhor. Finalmente, ainda há outra posição de alguns estudantes que acham que o Giom e o Pisom eram canais ou afluentes do Tigre e Eufrates.
Há alguns anos uma equipe de pesquisadores conseguiu através de satélite tirar algumas fotos que mostram o leito de dois rios de grande porte juntos ao Tigre e ao Eufrates, que acredita-se tratar do Giom e do Pisom.
Essa mesma região é conhecida pela sua terra de tom avermelhado. O interessante é que o texto bíblico relata que naquele lugar Deus fez o homem do pó da terra (Gn 2:7) e pôs nele o nome de Adão. É importante saber que a palavra Adão, no hebraico, significa: “Vermelho”.
Assim sendo, localiza-se o Éden na região da Mesopotâmia, exatamente como o relato bíblico descreve, e o jardim do Éden ao Leste, contudo, o local exato do jardim não se sabe ao certo, mas as evidências históricas e geográficas são indiscutíveis: Um dia ele esteve ali.
Satélite: leito dos rios, hoje secos (encontro com o Golfo Pérsico)
Teoria dos cientistas (onde possivelmente ficava o Éden)
Região hoje, debaixo d'água
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