Fezes humanas são material restante após a digestão e absorção dos alimentos pelo tubo digestivo dos seres humanos. Geralmente têm aspecto castanho-parda e pastoso, porém pode aparecer nas mais variadas formas, tamanhos e cores. Nos seres humanos o alimento pode levar cerca de nove horas para transitar no organismo e chegar como uma massa uniforme ao intestino grosso, onde permanece por cerca de três dias. Nesse período parte da água (10 a 12 litros) e sais é absorvida, para que na região final do cólon a massa fecal se solidifique, transformando-se então nas fezes.
Apesar de ser produto da nossa excreta, considerado nojento e muitas pessoas se negarem a falar sobre isso, selecionamos algumas perguntas que sempre são feitas sobre este tema:
1- Por que o cocô flutua?
Bem… Nem todo cocô flutua. Aqueles que possuem pouca quantidade de gordura ou bolhinhas de ar no seu interior afundam como uma âncora. Tudo depende da alimentação. Alimentos como feijão e repolho aumentam o volume de gás nas fezes, o que resulta em puns e facilita que o cocô flutue, mas isso não faz mal. Já o excesso de gordura não é saudável: fezes engorduradas geralmente indicam problemas no pâncreas ou no fígado. Nos dois casos as fezes flutam como barquinho de papel!
2- Por que é marrom?
O cocô é colorido pela estercobilina, um pigmento escuro formado no final da digestão a partir da oxidação do estercobilinogênio, que, por sua vez, é produto da digestão da bílis – líquido que ajuda a quebrar a gordura e absorver nutrientes no intestino. Quanto mais as fezes demoram para sair, mais estercobilina é produzida, e a coisa vai ficando preta.
3- Pode ajudar a desvendar crimes?
Dá para identificar um suspeito por amostras de DNA retiradas de fezes e até mapear o comportamento do criminoso a partir da sua alimentação mais recente. Também é possível examinar o trato digestivo para investigar, por exemplo, se o suspeito engoliu drogas.
4- Por que o milho aparece intacto nas fezes?
Com a evolução ganhamos dentes menores e por isso mastigamos os alimentos parcialmente, como no caso do milho e feijão na qual o revestimento mais externo libera o grão mais interno. O revestimento externo do milho, por exemplo (a parte amarela), é quase que totalmente celulose, que hoje é incapaz de ser digerida com o aparelho digestivo que adquirimos com a evolução. Ele passa pelo intestino inteiro intocado, e sai parecendo um grão inteiro, apesar de ser somente a parte externa. O interior do grão é de amido e digerível, e essa é a parte que conseguimos de fato comer.
5- Quanto uma pessoa produz diariamente?
Em média, cerca de 150 gramas (54 quilos por ano, cerca de quatro toneladas ao longo da vida). Os dez milhões de portugueses geram, diariamente, 1500 toneladas. As fezes acumulam-se na parte final do intestino grosso, o reto, um segmento com cerca de 15 centímetros de comprimento. Quando o conteúdo residual alcança cerca de 30 gramas, abre-se o esfíncter interno, a musculatura que liberta as fezes. Simultaneamente, o cérebro envia um sinal para alertar para a necessidade de ir ao banheiro.
6- Por que fede
O fedor do cocô – e do pum – é causado por compostos sulfurosos produzidos pelas bactérias em contato com o alimento no intestino. Doenças como pancreatite, fibrose cística e infecções intestinais atrapalham a digestão, e os restos de alimentos não digeridos aumentam o mal cheiro!
7- Fazer sentado é o melhor jeito?
Não. Por incrível que pareça a melhor posição é agachado. Essa posição relaxa a musculatura que controla a saída das fezes, evitando que restos de fezes se acumulem, o que pode facilitar o surgimento de apendicite e de infecções no cólon. A razão disso é um músculo chamado “puboretal”, que age como um estilingue para o reto e mantém a nossa continência intestinal. Quando sentamos no vaso sanitário, o domínio sobre o reto é solto, mas isso acontece de forma parcial. Na postura de cócoras, todos os órgãos e músculos envolvidos na defecação relaxam, permitindo a liberação muito mais fácil das fezes. Inclusive já existe uma espécie de banquinho para melhorar a posição de usar o vaso sanitário.
FONTE: http://diariodebiologia.com
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